quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Chamada

Formatura 1983
Estudei quase a vida inteira com o mesmo grupo de crianças, do mini maternal até a 8a. Série. Éramos 18 na festa de formatura, chegamos a 24 em algum momento do caminho. Hoje, 12 deles, dos 15 possíveis, vão jantar na minha casa. 
Fazemos isso todo ano, um jantar, pelo menos. Uma foto pra marcar a passagem do tempo, muitas risadas, as mesmas histórias repetidas incansavelmente.
É um prazer enorme. Temos um carinho genuíno, de irmãos, um pelo outro. A gente se junta e é como se estivéssemos no recreio da escola, eternamente.
Alguns perderam contato, outros só aparecem nesse encontro, muitos continuam próximos em diversas configurações de grupos entre nós. Mas a gente se gosta, simples assim!
No encontro do ano passado, dois se encontraram no elevador e nem se reconheceram, o que gerou muita risada e comentários sobre barrigas e carecas alheias. Um deles veio de Israel, onde mora agora, especialmente pro encontro, rever a turma depois de mais de vinte anos.
Dos que têm filhos, a maioria colocou na mesma escola da infância, muitas dessas crianças ficaram na mesma sala, perpetuando esse história de amizade.
Tivemos sorte, criamos um vínculo que sobrevive ao tempo e as diferenças enormes das vidas que cada um trilhou. Somos todos diferentes, percorremos caminhos distintos. Mas sempre existiu espaço para essa saudade, essa amizade. Talvez porque a gente se conheceu na essência. Não éramos maridos/esposas de ninguém, pais de ninguém, não tínhamos profissões, cargos ou títulos.  Éramos só aquela turma que adorava jogar caçador, que foi expulsa do hotel na viagem de formatura, que se ajudava nas provas, que tinha cumplicidade. Éramos só crianças. Éramos apenas Adriane, Alerio, Alexandre, Andrea, Artur, Cinthia, Eliana, Gilla, Ilana, Joel, Leila,  Rejane, Milton, Salmo, Sandro, Sérgio, Uri e Yael.
Festa da Escola 2008
Jantar de 2011
Jantar 2010

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