terça-feira, 18 de março de 2014

O corpo fala

Me meti a fazer a aula de ginastica do momento, o tal cross fit! Se meu corpo falasse, ele certamente estaria gritando, sem falar do lugar para onde teria me mandado!!
Fazia mais de dez anos que não entrava numa sala de aula de ginástica localizada. Não que estivesse sedentária, sou adepta da caminhada, certamente já dei mais de duas voltas no planeta andando pelas ciclovias e parques da cidade.
O problema é que a gente tem que cuidar dos músculos, afinal todo mundo quer continuar andando, descendo escada,  abrindo porta e amarrando o tênis até os 100 anos que nos prometem com as inovações da medicina.
Pois lá fui eu. É um tal de pular corda, descer e subir escada, agachar (muito), saltar, fazer abdominal, prancha, flexão de braço, supinos, usar bola, pesos, anilhas, tornozeleiras, pular em camas elásticas. Enfim, é quase uma tortura. 
Mas lá fui eu, toda proza. Avisei o professor da minha ausência prolongada nas salas de aula e meti bronca! 
Quase morri! No primeiro exercício! 
Desespero total, de onde tirar ar? De onde tirar força? Fui fazendo os exercícios, bem lentamente, no meu tempo. Confesso que matei metade da aula, não por gosto, mas por pura necessidade. O que era pra fazer 20 virou 8, nó máximo, com muito esforço.
E tudo isso sob o olhar das meninas que fazem essa aula a muito tempo, com muito peso, com muita força, sem nenhum suspiro. Vergonha total. Eu alí suando em bicas, praticamente morrendo, e elas lá, lindas e magras, com anilhas de 20 kg nas barras. Pra acabar!
Enfim, foi traumático. Pior, mesmo cuidando acabei me machucando de verdade. Não foi só aquela dor muscular paralisante em músculos que você não mexia há anos, essa eu tive em boa parte do corpo e é quase um prazer sádico, a gente gosta dessa dor. Fiquei quase uma semana com fortes dores nas coxas, provavelmente um estiramento. 
Então decidi que esse treino talvez não seja pra mim. Mesmo quando eu estiver condicionada, mesmo que o corpo fique lindo, jamais vou curtir fazer esses exercícios. Nunca vou gostar de pular no step com agachamento, nunquinha. Nunca vou querer fazer 60 flexões, never. Nunca vou ser rata de academia. Não está em mim.
Só me resta a zumba!


terça-feira, 11 de março de 2014

Vicios Modernos

Me considero uma pessoa equilibrada, razoavelmente inteligente, bem informada, coerente, sem falsa modéstia, acho que sou uma pessoa bem resolvida. 
isso até pegar no meu Ipad.
Meu Ipad tem podres poderes um efeito nefasto sobre mim. É só eu pegar nesse revolucionário item de tecnologia e pronto, viro uma completa debilóide. 
Isso porque tive a ideia de colocar alguns aplicativos básicos, com jogos bem inocentes que acabam consumindo a minha energia, tempo e todo o meu fosfato.
Não pensem que tem pôquer, jogos de azar, etc. São os jogos mais banias, aparentemente inocentes eu diria. Uma entrada nesses "inofensivos" passatempos e você é fisgado como um peixe. 
Recentemente baixei um aplicativo de quebra cabeças, que eu adorto. Porquê, meu deus, porquê????? O diabo mora ali. Ele tem uma modalidade que não te mostra a foto, você monta o quebra cabeça no escuro, sem saber o que vai dar. Um por dia!!!! 550 peças!!!! Adeus filhos, adeus marido, adeus amigos, adeus cinema, adeus livros que estão se acumulando na cabeceira....
Tive a minha fase Candy Crush, sim admito! Mas desse consegui me desvincilhar apos 180 etapas. Fiquei empacada num jogo e foi a minha redenção. Não tinha coragem de pedir ajuda publicamente e admitir meu vicio. Foi o único que abandonei com certa facilidade. 
Agora preciso fazer um alerta: Fique longe da paciência Spider. Sério. É talvez um dos mais perigosos jogos já desenvolvidos pra tecnologia digital. É difícil de vencer então você não larga o osso.  Lá se vão horas até que você consiga fechar um jogo, o que leva ao outro e ai a coisa vai longe. É, coim certeza,  o crack digital, com uma taxa de dependência mortífera. Cheguei até a sonhar com os jogos. Foi quando deletei o jogo do computador de casa e do escritório (sim, eu jogava no escritório). Fiquei "limpa" por muito tempo. Até dar um upgrade no meu computador e restaurar a máquina na configuração original. Quando eu vi, lá estava ela, me chamando. Recai! Consegui manter o escritório como zona livre, mas em casa e no Ipad, ela manda!
Não sabia como era fraca pra esses prazeres do intelecto(?), me surpreendi com esse meu lado completamente adicto. Tenho feito um esforço enorme para não cair na tentação. Perco a maioria das vezes. Torço secretamente para que um tilt, ou um milagre resolva a minha situação. Tenho fé que um bom livro restaure a minha sanidade mental. Se não, alguém conhece um rehab digital?

quinta-feira, 6 de março de 2014

Começou o ano?

O cara que falou a frase "O ano só começa depois do carnaval" não fez uma constatação, jogou uma praga!
Veja bem, essa maldição ficou gravada no nosso subconsciente e nos impede de começar qualquer coisa seriamente, de verdade, até que os últimos foliões recifenses e baianos joguem a toalha (o que deve acontecer oficialmente, pra valer mesmo, só no próximo domingo). E aí gente fica amarrada nessa sentença. Esperando o Brasil começar.
E vai ser um susto perceber que já é Março, e que já acavalou um bocado de serviço, projetos, ideias. Vamos ter que fazer tudo às pressas por que a Copa tá bem ali na esquina e vai ser difícil fazer as coisas andarem nessa época. 
Pois é, esse ano praticamente não vai acontecer. Ele vai ser um limbo entre eventos que tradicionalmente empatam a vida produtiva de todos nós: Copa e eleição. A maldição já está valendo pros dois. Estou ouvindo desde o ano passado frases como: "nem adianta marcar xxx na época da eleição" e por ai vai.
Só no Brasil a gente tem essa sensação, essa sina, essa predestinação. Esse oba oba histórico. Copa é um grande negócio que gera recursos em outros países, aqui fica a sensação de ter sido um grande equívoco que mais drenou nossos cofres e que nos envergonha. 
Mas isso está mudando. Parece que alguém achou o antídoto pra essa maldição, a rua!
Mais que estádios mirabolantes, obras superfaturadas e mal projetadas que não vão resolver as questões de mobilidade e infraestrutura, a Copa vai deixar um legado muito maior. A insatisfação, a indignação, o basta. Não é mais o mesmo país. Todos nós sentimos o gosto da revolta nas lindas manifestações do ano passado. Podemos mudar nosso destino, nossas prioridades, nosso futuro.  
O que nos remete para as eleições. Mas isso é uma conversa só pra depois da Copa afinal, se o Brasil for campeão, tudo muda completamente de cenário. 
Quando é mesmo o carnaval de 2015??