quinta-feira, 21 de maio de 2015

Me dá um autógrafo?

Para o fã, conhecer alguém famoso é uma experiência engraçada e perturbadora. 
Todo mundo vira um jacu quando sabe que vai conhecer alguém famoso, que dirá um ídolo. A gente vira uma criança tímida em questão de segundos, fica procurando o que falar, tenta ser o mais inteligente possível, gagueja, fica evitando aqueles silêncios constrangedores. Já conheci algumas pessoas bem famosas e tive todos esses sintomas de tietisse aguda. 
Conhecer alguém famoso também pode ser uma faca de dois gumes. Em um segundo a idolatria pode virar um mágoa eterna. Toda a magia em volta do seu ídolo vira pó com uma resposta mal dada, um tratamento inadequado, um gesto mal colocado, com arrogância ou indiferença pela sua devoção. Nunca vou esquecer a vez que tive um autógrafo negado por um global quando passei as férias no Rio de Janeiro lá na primeira infância. Nunca perdoei!
Hoje  um pouquinho mais adulta, ainda tenho meus pudores em frente aos meus idolos e a pessoas que admiro, mas já entendo que são gente acima de tudo, gente boa ou ruim, independente da fama. No entanto, posso garantir que quanto mais genial for a pessoa, mais bacana e simples ela é. A soberba, a arrogância, são coisas de celebridades, famosetes, gente não necessariente brilhante. 
Recentemente constatei minha teoria,  fui jantar com amigos que conheciam um outro casal de gente bem gabaritada em sua área. E aí batata, em dois minutos de conversa, a comprovação, estávamos diante de gente fina, elegante e sincera. 
Pelo trabalho delas eu já desconfiava, é claro, mas sentada na mesa conheci gente da melhor qualidade, inteligente, divertida, simpática. Gente que acolhe, que conversa, que escuta, que divide, se interessa. Gente que conta histórias, que emociona, que dá risada, que racha o prato, que trata todo mundo igual, que anda á pé, pega os filhos na escola, fala com emoção da vó. 
Fui uma noite super gostosa, daquelas em volta de uma boa mesa, sem ver o tempo passar, comida boa, conversa ainda melhor, onde a gente vira fã de novo, só que dessa vez das pessoas sentadas na nossa frente.

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